domingo, 11 de novembro de 2012

Ainda lá


Essa é a casa onde vivemos

Onde sofremos e onde crescemos

Aqui nesse lugar

Mergulhado em recordações
Fotos opacas, memórias distantes
Acompanhado de guardados da estante
Os espelhos refletem o passado
Que tento esquecer
Da porta do quarto posso inalar a nostalgia que as madeiras deixam exalar
A infância pueril
Brincadeiras a mil
A primeira decepção ainda está lá
Em um passado que teima em voltar
Na minha cabeça tento controlar todos esses momentos
Que já passaram, até o momento
Já não sei mais distinguir o que eu vivi
Nesse rio de lembranças
As águas passadas movem o moinho
De um caminho que ora me deu flores ora deu espinhos
Sorrio ao lembrar que foi essa velhice que sempre quis
E as lágrimas começam aparecer
Ao me deparar que todos encontraram seu rumo
E preso eu fiquei ainda sem prumo
A vida me trouxe ensinamentos que guardei
Parado fiquei a olhar pela janela da solidão, mas consciente de que nada, nada foi em vão.

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